quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FOTOGRAFIA

Mais do que qualquer língua falada e ou escrita, a fotografia é uma linguagem universal. Se você ver a foto de capa de uma revista, em um golpe de vista já sabe, em parte, do que se trata a matéria e os assuntos tratados na revista independente da língua em que está escrita.

A fotografia é surreal, pois nela temos informações que pretendem representar algo, geralmente algo que se encontra presente no espaço e tempo, onde através de ferramentas como a imaginação e a câmera fotográfica, conseguimos ver duas das quatro dimensões, e fazer com que se conservem apenas as dimensões do plano.

Desta forma, fotografia o que nos permite criar e recriar imagens do mundo, imprimindo a elas uma intenção muitas vezes inconsciente.

A visão de um fotógrafo quando usada com espontaneidade, esta diretamente relacionada à sua vivência, experiências e conhecimentos adquiridos ao longo da vida, por esse motivo a fotografia feita por um fotógrafo difere da mesma fotografia feita por outro.

Muitas vezes, olhamos para um lugar e pensamos que seria perfeito para tirar uma foto, por isso que eu sempre ando com a minha máquina na bolsa, pois eu nunca sei quando eu vou me inspirar para tirar lindas fotos.

Se nós pegarmos uma mesma foto do mesmo local, porém de fotógrafos diferentes, iremos ver coisas diferentes nas fotos, pois cada pessoa tem uma visão do local.

E é essa diferença de visões, que muitas vezes sobre um mesmo tema é o que torna o ato de fotografar tão fascinante e inesgotável.

Eu acho que a fotografia é um registro e um documento incontestável de que algo realmente aconteceu, isso pode ser até preocupante, pois quando fotos adquirem uma importância maior do que o acontecimento que deu origem a fotografia, há uma “inversão de valores” e passamos a acreditar mais nas imagens do que nas palavras das pessoas.

Para o para mim a fotografia, substitui os fatos por cenas, e nesta busca por cenas eu passo a ser uma pessoa compulsiva, aquela que aperta o gatilho compulsivamente e quer reter o mundo em sua câmera, eu esqueço até que mais importante que fotos, são as coisas que acontecem para que elas sejam inspiradas.

A câmera para mim passa a ser uma espécie jogo, aonde cada vez mais eu vou dominando - a, como tudo no mundo é fotografável, fotografar em um jogo onde o objetivo principal parece ser o de esgotar o jogo e suas possibilidades, a cada foto aumentamos as realizações e diminuímos as possibilidades.

Enfim, quando eu estou com a minha máquina fotográfica na mão, me sinto como se nada mais importasse, como se tudo que eu precisasse para sobreviver estivesse ali na minha mão, bem na minha frente, a única coisa que eu poderia fazer era tirar o máximo de fotos possíveis de todos os ângulos possíveis.


Postado por: Jennifer



Nenhum comentário:

Postar um comentário